Decorreu hoje, 26 de Junho de 2012, mais uma Assembleia
de Freguesia Ordinária em São Martinho de Bougado, novamente marcada pela muito fraca presença
dos cidadãos da freguesia.
No período antes a ordem do dia,
foi polémica a apresentação, e tentativa de colocar à votação, de um parecer do
Presidente da Mesa da Assembleia sobre a Reforma da Administração Local, no
qual era sugerida uma tomada de posição desta Assembleia, por unanimidade,
quando o documento era de total desconhecimento dos membros da Assembleia, e
logo, não poderia ser votado.
O mais grave ainda, é que este assunto não constava
da Ordem de Trabalhos desta Assembleia, o que transparece uma clara intenção de
excluir os São Martinhenses de tão importante debate.
Tal ideia foi, aliás, reforçada
pelas afirmações do membro da bancada do PS, Daniel Lourenço, dizendo que os
deputados do PS foram eleitos por maioria, por isso, têm toda a legitimidade de
fazer o que bem entendem, e ainda que a população não tem nada a dizer sobre
isso, pois também não faz parte das suas competências. Postas tais palavras, de
tão jovem membro desta Assembleia nos perguntamos, porque valores e noções de
Democracia se rege esta maioria PS?
No período da ordem do dia, destacamos
a discussão e votação da alienação de um terreno no lugar da Gandra, sob a
justificação de ser uma forma mais rápida para conseguir alcançar o
reequilíbrio financeiro da freguesia. Tal medida mereceu o voto contra da
bancada do PSD, uma vez que nas contas que são apresentadas pela junta de
freguesia nunca são declaradas dívidas, mas afinal elas existem.
Se este
terreno fosse vendido para gerar receitas para a construção de obra útil à freguesia
de S. Martinho de Bougado, tal medida seria meritória do voto favorável do PSD.
Mesmo entre a bancada do PS as posições não são consensuais, e apesar de todos
votarem favoravelmente, foi feita uma declaração de voto por parte do deputado Sr. Botelho, onde considera que a junta de freguesia não deveria desfazer-se do
seu património.
A deslocação da ExpoTrofa para
junto da nova estação ferroviária foi trazida à discussão por parte da bancada
do PSD, fazendo-se mostrar contra a mesma, em virtude de na nova localização
não existirem espaços ensombrados. A resposta obtida como justificação para
esta deslocalização por parte do Presidente da Junta de Freguesia foi que “o PSD não gosta de inovar e que o espaço
junto da estação tem as melhores condições”.